ABSTRACT
O cisto ósseo de Stafne representa uma cavidade óssea localizada na mandíbula, contendo a glândula submandibular. Foi descrito pela primeira vez, por Edward Stafne, em 1942, como uma lesão radiolúcida unilateral, bem circunscrita, localizada na região posterior da mandíbula, logo abaixo do canal mandibular. Comumente é encontrado em exames radiográficos de rotina, assintomático, apresenta maior predileção pelo gênero masculino, numa proporção de 6:1. Constitui um achado raro na população, com prevalência entre 0.1% a 0.48%. O objetivo do presente estudo é o de realizar uma revisão de literatura, com o intuito de ampliar o conhecimento a despeito da etiologia, epidemiologia e diagnóstico diferencial desse cisto ósseo. Foi enfatizado, também, o uso dos recursos imaginológicos no diagnóstico como a Tomografia Computadorizada Volumétrica - Cone Beam. Pôde-se concluir que o cisto ósseo de Stafne se manifesta de diferentes formas radiograficas, tornando-se indispensável a requisição de outros exames de imagem para o correto diagnóstico, evitando procedimentos invasivos, como o cirúrgico exploratório e a sialografia.
Stafne?s bone cyst is a bony cavity of the mandible containing the submandibular gland. It was described for the first time in 1942 by Edward Stafne, who reported a well-defined, unilocular radiolucency, located in the posterior mandible, directly below the mandibular canal. It is usually asymptomatic and frequently found on routine x-ray examinations, being more common in males, in a male:female ratio of 6:1. This is a rare defect whose prevalence ranges from 0.10% to 0.48%. The purpose of this study was to make a review of the literature in order to shed light on the etiology, epidemiology, and differential diagnosis of this cyst. Also focused was the use of diagnostic imaging resources, such as Volumetric Computed Tomography - Cone Beam, one of the most important techniques used to confirm the diagnosis of Stafne?s bone cyst. In conclusion, because Stefane?s cyst manifests itself radiologically in different ways, complementary imaging studies are essential for a correct diagnosis, thereby avoiding invasive procedures, such as surgical exploration and sialography.